A Quaresma foi vivida este ano pela grande maioria dos nossos utentes com muita devoção e vontade de percorrerem este caminho Pascal com fé e esperança.

O caminho foi-se fazendo devagar, com esforço, em passos curtos, umas vezes seguros outros com grandes incertezas. Verdade é que por mais difícil que tenham sido estas semanas os obstáculos físicos e psicológicos de alguma forma foram sendo ultrapassados e a força interior de cada um, a seu jeito, fez com que fosse possível realizar actividades de cariz físico e outras mais introspectivas e de reflexão.

Se por um lado, foi trabalhado o convite feito pela Igreja, que apelava à reflexão e descoberta semanal de desafios que brotam do Evangelho que através de “pedaços” de corações entregues tornaram possível descobrir, construir ou reconstruir vontades, desejos e fé como forma de alcançar um bem maior: a consciencialização do eu, por outro a vontade de expressar através de actividades mais expressivas ao outro, o amor, o carinho, o agradecimento, através de pequenos gestos simbolizados pela realização de um “bouquet” de 5 amêndoas.

Estas 5 amêndoas, cada uma tinham um significado para além do evidente da época Pascal, tinham 5 sentimentos/desejos: Saúde / Amor / Amizade / Agradecimento / Esperança.

O resultado final foi para além de belo muito significativo em termos emocionais pois casa utente, de acordo com sua vontade, entregou o “bouquet” a quem desejou. Àqueles que não têm capacidade para tomar tais decisões foi-lhes colocado na sua mesa-de-cabeceira para que os desejos/sentimentos possam de algum modo realizar-se.

De uma forma mais ou menos Católica este foi efectivamente um tempo de “morte” e “Ressurreição”.

Texto: Drª Sandra Costa Dos Santos