Há 1 fio que nos une… o amor
“Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce” …
… e foi assim que tudo começou.
Emocionalmente muito ligada a este projeto é-me de todo impossível escrever sobre ele sem sentir o coração como que a querer sair do peito e as lágrimas a toldarem a visão. Há projetos que se iniciam na vida que são como filhos desejados. Num primeiro momento quando os temos nos braços o misto de sentimentos é tal: a euforia de os abraçamos, de não os largarmos nunca, de olharmos incessantemente para eles que esquecemos o mundo em redor e ficamos agarrados a um tão grande bem querer e amor. Depois vamos ajudando a crescer, a desejar-lhes tudo o que de melhor há no mundo sempre com receio do desconhecido. Vamos deixando-os voar, passando de colo em colo, de braços em braços, de mão em mão, mas mantemos sempre receio, medo …
… este projeto, virtualmente comparo-o de uma forma emocional, com um filho, um projeto não de vida, mas de várias vidas. O inicio não foi fácil e confesso que tive receio de não conseguir que de desenvolvesse e crescesse. Desejava tanto, tanto, que os dias menos bons fizeram-me duvidar. Foi então, nos braços de todos aqueles por quem me entrego de corpo e alma, os idosos, que as minhas duvidas e medos foram transformados em crença, em certeza quando uma senhora no alto dos seus respeitáveis 80 e alguns anos me disse: “filha se não resultar lá fora, aqui já resulta, pois, acreditamos, estamos felizes e a lutar juntos e isso é que interessa”.
Admito que foi este o meu ponto de viragem, que me fez seguir em frente, agarrar-me à força no acreditar e “correr mundo” a divulgar este projeto solidários de VIDAS.
De facto, há um fio que nos une e esse fio é o amor. Este fio tem sido agarrado por muitos e de norte a sul do país fomos ouvidos, lidos e … crescido as ligações sociais. Este amor “arde sem se ver” e o seu rastilho é a vontade de em dignificar a vida dos idosos na essência da palavra, é mostrar ao mundo que o respeito não é tratar por você e palavras soltas, não é apenas dizer palavras bonitas e que ficam bem ser ditas mas sim ações, atitudes, comportamentos.
Já temos metros e metros de cachecóis, já temos gente que se une, gente que partilha, gente que se preocupa, quente que ama. É esta chama que nos aquece, assim como o calor da união entre gente que luta por gente.
OBRIGADA DO FUNDO DO CORAÇÃO A TODOS OS QUE SE UNIRAM, UNEM E QUE SE UNIRÃO A NÓS. OBRIGADA A TODOS SEM DISTINÇÃO POR PERMITIREMFAZER CRESCER…… AQUILO QUE PARECE POR VEZES ESQUECIDO NO MUNDO … AQUILO QUE SE ESCREVE, MAS NA MAIORIA DAS VEZES NÃO SAI DO PAPEL …. AQUILO QUE É O AMOR, O RESPEITO, A DIGNIDADE, A PROMOÇÃO DE UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL… EM SUMA O DIREITO DE QUALQUER SER HUMANO.
Em outubro mostraremos ao “mundo” o tamanho da união e do fio que nos une. Os cachecóis serão unidos e faremos um “cachecol humano” que chegará para percorrer ruas e ruas do nosso Concelho, quem sabe não chegará mais longe que a vista pode alcançar…
… a data do evento será informada para que todos possamos estar de “cachecol estendido”. Posteriormente a 3º fase do projeto será consolidada por forma a ajudar os idosos através destas linhas de amor.
Texto: Drª Sandra Costa Dos Santos
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