02 Jun 2016

Casamento na Misericórdia… O Amor acontece…

A família é constituída e unida por múltiplos laços…

… laços que têm a capacidade de unir o ser Humano durante um momento, uma vida, uma eternidade…

Este poderia ser o início de uma qualquer história editada, de afeto, companheirismo, aceitação pessoal, sentimento de satisfação, desenvolvimento pessoal, estabilidade e socialização, enfim da vida de qualquer ser humano.

Neste caso não é a história de um livro ou filme, é a história real de dois utentes que se cruzaram nesta casa há sensivelmente 3 anos. A relação de ambos foi crescendo tal como o companheirismo, a partilha e o afeto. Respeitando todos os direitos do ser Humano, na sua pessoa, individualidade, identidade e respeitando a sua vontade a Instituição apadrinhou a vontade de ambos em contraírem matrimónio.

A “família/Instituição” como uma unidade, desenvolve um sistema de valores, crenças e atitudes face às vontades que são expressas e demonstradas. Protege e ampara os que dela dependem e nela encontraram o seu lar. E foi com esta família e nesta casa que os dois se encontraram e contraíram laços especiais de sentimento e de relação.

O casamento deu-se no dia 14 de Maio. Tivemos o momento solene onde o Conservador uniu legalmente o que a vida já se havia encarregado de juntar. Há laços de união que nunca se explicarão em palavras, nem nunca serão entendidos por todos, no entanto o amor acontece em todas as idades nas suas diferentes formas de amar.

Para entender a união, formal ou não entre idosos, é necessário destituir a mente de todas as ideias preconcebidas, de preconceitos e de falsos moralismos impregnados na sociedade e ouvir a voz do nosso coração. O dos outros, novos ou velhos, sente de modo idêntico, o que muda é a fisiologia do órgão em si. O amor não tem idade, não é algo físico que se possa agarrar e tirar lindas fotos para mostrar. É feito de muito afeto, companheirismo, respeito, amizade, emoção, sentimento … O amor na verdade não se define, sente-se e vive-se.

Uma coisa é certa, é muito difícil viver uma nova experiência afetiva na velhice, no entanto, enquanto responsáveis sociais temos a obrigação por um lado e o prazer por outro por mostrar ao mundo as imagens que refletem neste caso em particular da frase de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Obrigada Sr. Carlos e D. Alzira por nos mostrarem que o amor acontece, que existe e que vale a pena lutarmos por aquilo que somos, que sentimos e por aqueles que amamos.

Que vivam felizes todos os momentos que a vida vos permitir e bem hajam!!!

Texto: Drª Sandra Costa Dos Santos

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